quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A ARTE RUPESTRE DO GUADIANA

Quando da "revelação" pública da arte rupestre das margens do Guadiana no final do ano 2000 (revelação, porque à data, o mais denso e importante conjunto de gravuras do Molino de Manzanez, Cheles já era conhecido localmente), a exploração mediática das circunstâncias da descoberta atingiram um paroxismo próximo dos acontecimentos do Côa de 1994/95. Em vários textos, nomeadamente na introdução ao 1º volume da 2ª série das Memórias d'Odiana, (que abaixo transcrevo parcialmente*) me refiro a essas circunstâncias. Aliás, também por esse motivo, sempre fiz questão como coordenador que esta edição ficasse a abrir este projecto editorial. Com este volume a arte rupestre do Vale do Guadiana de que até final do século XX apenas se conheciam alguns círculos gravados junto ao "Pulo do Lobo" (publicados nos anos 70 pelo próprio António Martinho Baptista), juntamente com a monografia do "Molino de Manzanés" (4ºvolume da 1ª série das Memórias d'Odiana) fica documentada em quase 1000 páginas editadas e ainda um CD interactivo. Infelizmente, os originais encontram-se inacessíveis, certamente por muitos anos...



"A arte rupestre do Guadiana português na área de influência do Alqueva", António Martinho Baptista e André Tomás Santos, Memórias d'Odiana- 2ª série, 1º vol.

Acesso ao PDF em:

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A arte rupestre do Guadiana é essencialmente post-paleolítica embora sejam conhecidos alguns motivos de tipologia paleolítica, sobretudo na margem espanhola. Na imagem (Porto Portel, na margem contrária ao Castelo da Lousa) um dos raros casos com um motivo zoomórfico (ver pormenor) de estilo paleolítico, em território português.




Motivos antropomórficos post-paleolíticos, da Perdigoa (Alandroal)
A preocupação de inventário sistemático chegou ao ponto de incluir motivos claramente contemporâneos, como foi o caso da laje que cobria um poço em Alcaria, Reguengos





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