sexta-feira, 9 de outubro de 2015


ALTAMIRA

Antonio Banderas em ALTAMIRA


Por muitas razões, Altamira (Santillana del Mar, Santander) é um nome "incontornável" (como ora se diz) na História da Arqueologia, pelo impacto que a sua descoberta acabaria por ter na evolução posterior do pensamento arqueológico e na percepção contemporânea da Humanidade pré-histórica. A qualidade estética das suas pinturas era tal, que durante muito tempo se duvidou que pudessem ser obra de homens então considerados "primitivos"...arruinando a honorabilidade e a saúde do seu ocasional descobridor, Marcelino de Sautuola, um advogado de Santander, apaixonado pela arqueologia e que seria injustamente acusado de falsário (que também os houve na história da disciplina....) mas proporcionando, anos depois, humilde contrição da parte de um dos seus grandes detractores, Emille Cartaillac, num artigo que ficaria célebre: "La Grotte d'Altamira: Mea culpa d'un sceptique". Ora, tudo isto a propósito do filme ALTAMIRA cujo lançamento se anuncia para Novembro próximo e que tem o conhecido actor Antonio Banderas no papel do malogrado advogado e arqueólogo de Santander. Estou curioso em conhecer a abordagem cinéfila deste grande passo da história desta disciplina que se cruza com um drama individual de grande intensidade. Para eventualmente ajudar a contextualizar o filme, aqui republico na sua forma original, um artigo de divulgação que publiquei no Diário de Notícias de 27 de Outubro de 1994 precisamente sobre a Gruta de Altamira e as peripécias e impactos associados à sua descoberta no distante ano de 1879. Este mesmo artigo, sob o título "A descoberta de Altamira" seria mais tarde reeditado em parceria com Luis Raposo na colectânea A Linguagem das Coisas, Europa-América, 1996.
Os bisontes de Altamira


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