quinta-feira, 28 de julho de 2016

Há 23 anos...viagem pelo megalitismo alentejano


O fenómeno da descoberta turística do "megalitismo alentejano" não é coisa recente. Tem as suas origens mais remotas nos anos 60 do século passado graças a figuras como o professor Leonor de Pina ou o médico Pires Gonçalves, que por sua iniciativa e em colaboração com as entidades regionais, em particular a Junta Distrital de Évora sob a direção de Armando Perdigão, identificaram, estudaram e divulgaram monumentos que hoje são diariamente procurados por centenas de turistas que, para além da cidade património mundial de Évora, procuram ambientes e outras paisagens menos urbanas. Naturalmente esse processo de reconhecimento do potencial turístico deste património teve avanços e recuos, ao sabor das prioridades políticas ou dos meios disponíveis. O final dos anos oitenta, graças à estreita colaboração entre o antigo Serviço Regional de Arqueologia da Zona Sul (com sede em Évora) e a Câmara Municipal desta cidade, presidida por Abílio Fernandes, correspondeu precisamente a uma das fases de maior progresso neste âmbito. É aliás nessa fase que se abre o estradão que hoje possibilita o acesso ao Cromeleque dos Almendres, até então apenas acessível a viaturas todo-o-terreno. Resultou também dessa cooperação exemplar, a definição de três grandes rotas megalíticas na envolvente de Évora, com a edição de um guia (traduzido em inglês, francês e espanhol) hoje completamente esgotado e a materialização no terreno de um sistema de sinalização para facilitar o acesso aos monumentos, e do qual restaam apenas algumas placas enferrujadas... Nesse processo não faltou mesmo a colaboração dos proprietários (hoje talvez mais difícil de conseguir) que facilitaram a instalação de pequenas porteiras pedonais que permitiam nalguns casos o acesso directo dos visitantes até junto dos monumentos. Naturalmente a divulgação pelos órgãos de comunicação social destes roteiros foi também importante e é com prazer que aqui reproduzimos um interessante artigo de José Vilas Monteiro, publicado pela revista SÁBADO em Janeiro de 1993, com fotos de Rui Vasco, intitulado "Megalitismo, CAMINHO DE GIGANTES".







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