quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Mário Ruivo e Frederico Mayor 

duas grandes personalidades nos Almendres (Julho de 1993)

O Centro Histórico de Évora havia já sido reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade há alguns anos (1986), mas a visita à cidade do Director Geral daquele organismo internacional, só viria a acontecer em 1993. O cargo era então ocupado pelo espanhol Frederico Mayor Zaragoza, Director Geral entre 1987 e 1999 e, naturalmente, a sua passagem por Évora, foi um acontecimento.

A acompanhá-lo vinha Mário Ruivo, então membro do Conselho Coordenador da Comissão Nacional da UNESCO. Do programa organizado pela Câmara Municipal, fez parte uma visita ao Cromeleque dos Almendres, monumento que começava então a ser conhecido na sequencia do programa de valorização ali promovido pela autarquia. Esta era então presidida por Abílio Fernandes, também presente naquela visita, acompanhado por António Valente, vereador da cultura, prematuramente desaparecido em 2002. 

Como arqueólogo, já então e por motivos vários, particularmente preocupado com a salvaguarda futura deste monumento, coube-me guiar a visita. Tive assim oportunidade de conhecer pessoalmente duas extraordinárias personalidades da cultura universal, Frederico Mayor e Mário Ruivo. Ficou-me particularmente na memória a afabilidade, o humanismo, o interesse e até a "cumplicidade" de Mário Ruivo (1927-2017), talvez fruto da sua ligação ao Alentejo e a Évora (era natural de Campo Maior mas frequentou o Liceu de Évora), talvez fruto da sua especial relação com os autarcas presentes...

No desaparecimento, ontem mesmo noticiado, de Mário Ruivo, esta é uma pequena memória evocativa, tendo como cenário as "Pedras Talhas" dos Almendres.

Mário Ruivo, em primeiro plano à direita. Ao centro Frederico Mayor e à esquerda Abílio Fernandes
António Carlos Silva, conversando com Frederico Mayor e Mário Ruivo



Ao centro, António Pestana de Vasconcelos, Director Regional do IPPAR e à direita António Valente, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Évora (falecido em 2002)

Uma última troca de impressões com Mário Ruivo





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